Você sabe o que a Cirurgia Plástica e a Oxigenoterapia Hiperbárica têm em comum? Pacientes fumantes.


Sabemos que fumar é prejudicial á saúde. Além de ser um dos principais responsáveis pelo câncer de pulmão, de boca, esôfago e estômago, o cigarro é também um grande inimigo da beleza. 








Não estamos falando apenas de dentes amarelados e envelhecimento precoce da pele. O fumo também altera a produção das células formadoras de colágeno, essenciais no processo de cicatrização. Quem fuma tem mais chance de desenvolver cicatrizes hipertróficas e queloideanas.







O principal problema está na nicotina, a grande vilã da história, uma substância tóxica existente nas folhas do tabaco e que já era utilizado em 1690, na França, como inseticida. Essa toxina é a responsável pela contração dos vasos sanguíneos, o que dificulta a irrigação do sangue até a pele. A vasoconstrição também compromete a circulação de oxigênio e, sem ambos – sangue e oxigênio –, o tecido passa a sofrer com a má cicatrização.






Entre os problemas estéticos mais sérios está a necrose, isso é, a morte do tecido. Forma-se uma crosta escura ao redor da região operada, que cai após 15 ou 20 dias, dando lugar a uma cicatriz avermelhada e de aparência desagradável. Além disso, como bem se sabe, o cigarro também compromete o sistema respiratório, o que deixa o paciente mais suscetível a infecções e à ruptura de pontos, no caso de uma crise de tosse gerada pela ingestão de fumaça.
Os fumantes também compõem parte do grupo de risco sujeito a intercorrências referentes à anestesia, trombose e embolias. 





Não são raras as complicações decorrentes de cirurgias plásticas e estéticas que causam cicatrização irregular e deformidades em fumantes. Todo cuidado deve ser dado ao período pré, per e pós operatório destes  pacientes , tanto para evitar complicações quanto para detectá-las e iniciar o tratamento de forma mais precoce. 


A Oxigenoterapia Hiperbárica ainda é pouco utilizada pelos cirurgiões plásticos no Brasil apesar de ser uma rotina pós operatória nos USA . Grande parte das pacientes já iniciam o tratamento com oxigenoterapia hiperbárica no primeiro dia pós cirúrgico e em alguns casos fazem até algumas sessões antes.


A Oxigenoterapia Hiperbárca é uma modalidade terapêutica na qual o paciente respira oxigênio puro (100%), enquanto é submetido a uma pressão 2 a 3 vezes a pressão atmosférica ao nível do mar, no interior de uma câmara hiperbárica. A oxigenoterapia hiperbárica provoca um espetacular aumento da quantidade de oxigênio transportada pelo sangue, na ordem de 20 vezes o volume que circula em indivíduos que estão respirando ar ao nível do mar. Nestas condições, o oxigênio produzirá uma série de efeitos de interesse terapêutico, tais como: combate infecções bacterianas e por fungos, compensa a deficiência de oxigênio decorrente de entupimentos de vasos sanguíneos ou destruição dos mesmos, normalizando a cicatrização. 

A inalação desse oxigênio puro, dentro da câmara, acelera a recuperação tecidual. A falta de oxigênio prejudica muito a cicatrização das feridas, diminui a formação de novos vasos e o depósito de colágeno, a capacidade de combater alguns tipos de infecção e a formação de pele nova, o que chamamos de epitelização.  Desta forma, a oxigenoterapia hiperbárica, propicia um meio que favorece a cicatrização, revertendo esses efeitos. 

Acreditamos que o uso da Oxigenoterapia Hiperbárica no pós Operatório de Cirurgias Plástica se tornará uma rotina também no Brasil , com enorme salto de qualidade nos resultados estéticos e redução de complicações , deformidades e óbitos. 
Converse com o seu médico.


Cuide-se bem!    
 "Saúde vem em primeiro lugar sempre."


                    



      


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Dr. Osório de Almeida: "O Primeiro Médico Hiperbárico das Américas."

Profissão Mergulhador de Offshore

Medicina Hiperbárica e a Pandemia do Covid 19