Medicina Objetiva e Realista
Conheci e fui paciente da primeira mulher graduada em medicina na UFF, Dra. Yone de Moura Cruz. Uma das coisas que ela me ensinou, é que médico que tem medo de efeitos colaterais não trata ninguém. Não existe nenhum medicamento que não apresente ou possa apresentar efeito colateral ou procedimento médico que não possa provocar complicações e existem poucos ambientes no mundo, tão ou mais perigosos do que um hospital. Outra informação útil: apesar de todos os estudos prévios em laboratórios, cobaias e voluntários, nenhum medicamento é lançado ao mercado com total segurança. Suas bulas são na verdade muito mais profilaxia de ações judiciais do que meio de informações e é a ampla utilização ao longo do tempo que vai realmente revelar todo o potencial terapêutico ou tóxico de um medicamento. Por isso, as evidencias clínicas de bons resultados com o uso de (hidroxi)cloroquina ou da associação desta com a azitromicina, justifica sim seu emprego na atual epidemia, já no início do quadro clínico febril, especialmente nos grupos de risco. Um dos "mata-burros" da medicina é a defesa irracional dos estudos duplo-cegos randomizados (EDCR), especialmente neste contexto de emergência sanitária. Eu sempre pergunto: alguém já viu algum EDCR para decidir sim ou não no tratamento de uma parada cardíaca com ou sem massagem cardíaca? A medicina é na verdade baseada em evidências e no caso dos pacientes febris com Covid 19, só há duas evidências: ou eles melhoram com a terapia experimental com (hidroxi)cloroquina ou pioram e... muitos morrem.
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